Vieux Farka Touré (Mali)
Parque Ribeirinho - Amarante | 16 de julho 2016 | 22:30H
“O guitarrista do Mali, Vieux Farka Touré, que já atuou em Portugal por diversas
vezes, a última das quais no “Mimo Festival” em Amarante, em 16 de julho deste ano (2016), é filho do
lendário Ali Farka Touré, um dos nomes mais conceituados da World Music.
Cedo se percebeu que Vieux Farka Touré herdara do pai
o talento necessário para continuar a empreender a ponte geracional entre os
blues americanos e africanos, iniciada pelo progenitor. Transportando a sua
terra natal entre as cordas da guitarra, Vieux rapidamente se tornou no novo
embaixador de uma cultura musical única, onde as sonoridades da África
Ocidental parecem fundir-se com a herança do rock, do reggae, do dub e do funk.
Até à data, o “Hendrix do Sahara” (como é conhecido na
imprensa americana) ou o “novo herói africano da guitarra” (como
foi considerado pelo jornal britânico The Guardian) editou, sem
contar com as remixes e discos ao vivo, cinco registos: “Vieux Farka Touré” (2007), “Fondo” (2009), “The Secret” (2011), “Mon Pays” (2013) e “Touristes” (com
Julia Easterlin) (2015). Em todos eles, existem belíssimas paisagens
multiculturais, que fundem elementos de rock, do blues e da música latina com
as genuínas influências do Mali.”
Desta vez, não foi possível tirar a
habitual foto com o músico. Arrogância saloia de Vieux e/ou incompetência da
organização? Em qualquer dos casos, houve uma gritante falta de consideração
pelo público interessado no contacto com Vieux, nomeadamente por nós, que
comprámos os seus discos, percorremos 200 km para assistir ao concerto e
promovemos a sua música e o festival. A organização do evento recusou-nos um
brevíssimo contacto com Vieux, justificando que o mesmo alegara cansaço (apesar
de o vermos deambular airosamente pela área reservada…). No entanto, ao mesmo
tempo que nos vedavam a entrada no recinto, elementos da organização tiveram o
desplante de, à nossa frente, tomarem atitudes discriminatórias, permitindo a
entrada de “amigos” sem quaisquer credenciações, para privarem com o músico
(conversa, autógrafos, fotografias…). Que pobreza de espírito! Faltou “mimo”!
Ficámos todos a perder…
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