Wednesday, January 2, 2008

STEPHAN MICUS EM PORTUGAL

19 de Janeiro/ Teatro Virgínia/ 21h30

(Torres Novas)


O multi-instrumentalista bávaro Stephan Micus, viajante incansável desde a mais tenra idade, percorreu o planeta em busca dos mais exóticos sons do mundo. Aprendeu, simultaneamente, a tocar uma grande quantidade de instrumentos, a maior parte deles desconhecidos no ocidente europeu.

Desde o seu primeiro trabalho "Archaic Concerts", datado de 1977, até "On The Wing" (2006 ECM), Stephan Micus tem manipulado, com contenção e assinalável valor artístico, uma variedade assinalável de instrumentos pertencentes a diversas culturas e tradições musicais do nosso planeta. Da audição das sucessivas gravações para a ECM, deduzimos em Micus a preocupação de exprimir musicalmente uma vontade de aproximar culturas e expressões até há pouco estanques e ignoradas.

A instrumentos tão exóticos quanto fascinantes como o "shakuhachi", a "dilruba", o "sho", o "sinding", o "bolombatto", o "rabab", entre muitos outros que tem tocado ao longo dos anos, Stephan Micus acrescentou ultimamente, o "maung" (40 gongos afinados de Burma), a "bagana" (a lira antiga da Etiópia), o "dondon" (tambor do Ghana) e o "Kyeezee" (sinos de Burma usados em cerimónias budistas). A intenção de Micus nunca foi tocar esses instrumentos da maneira tradicional, antes aproveitar novas possibilidades musicais que sinta que tem cada instrumento. Na maioria das suas composições, Micus utiliza vários instrumentos que nunca foram combinados. Por outro lado, Stephan Micus utiliza as técnicas mais avançadas para gravar as vozes que aparecem nos seus discos, criando harmonias mágicas que envolvem as suas composições como um perfume. O resultado são belos diálogos que reflectem fielmente a sua visão global e sem fronteiras da música.

A audição dos seus discos tem constituído uma experiência encantatória: orações transcendentais, cânticos de elevação, rituais e transes que desfilam hipnoticamente rumo aos nossos sentidos; sonoridades do oriente árabe e asiático que se cruzam harmoniosamente com liturgias gregas, canto gregoriano e cerimónias budistas; sopros do vento e da alma das florestas africanas que entroncam em vozes celestiais. Um espaço imaginário emerge algures do fundo dos tempos...

Stephan Micus apresenta-se em Portugal, pela primeira vez, para um concerto único que promete ser memorável!

Mais informações em:

www.teatrovirginia.com

www.letstartafire.com

www.ladob.pt

Rabih Abou – Khalil / Joachim Khun Trio em Portugal

18 de Janeiro / 22h00 / Centro Cultural de Vila Flor / Grande Auditório (Guimarães)

19 de Janeiro / 21h30 / Culturgest

(Lisboa)

Rabih Abou-Khalil, famoso mestre do alaúde libanês, estudou música árabe no Conservatório de Beirute, Alep e Damasco. Em 1978, a guerra civil fê-lo trocar o Líbano pela Alemanha, onde vive actualmente. Considerado um compositor e instrumentista vanguardista e uma das maiores figuras europeias do jazz de fusão, Rabih Abou-Khalil possui uma discografia invejável e mais de meio milhão de discos vendidos em todo o mundo. Só em 1999, Abou-Khalil recebeu cinco prémios da German Phono Academy.

Compositor e mestre do oud, instrumento que desde sempre procurou explorar de maneira inovadora, Rabih Abou–Khalil criou uma linguagem musical universal que é apreciada e elogiada por amantes e críticos que vão desde a Música Clássica ao Jazz e desde a Música Contemporânea à World Music.

Depois de ter brilhado no Castelo de Sines, em Julho de 2006, Rabih Abou-Khalil, regressa a Portugal para actuar em Guimarães e em Lisboa. Para estes dois concertos, Rabih Abou-Khalil far-se-á acompanhar de novo pelo percussionista americano Jarrod Cagwin, que acompanha Abou-Khalil desde 1999, e por Joachim Khun, pianista alemão e figura cimeira do jazz contemporâneo europeu que pauta as suas actuações com uma sensibilidade, imaginação e dinâmica inigualáveis.

Um trio de eleição que promete dois concertos memoráveis, baseados certamente sobre “Journey to the Centre of an Egg”, um registo onde oud, piano e percussões se casam sabiamente entre o humor e a meditação e onde as várias influências estilísticas se cruzam numa linguagem universal capaz de suplantar barreiras.



Mais informações em:

www.ccvf.pt

www.culturgest.pt

www.letstartafire.com

www.ladob.pt

Os melhores discos de 2007

Eis as maiores referências discográficas do ano de 2007 para “Os Cantos do Mundo”. Apesar de serem consideradas das tendências menos conhecidas do mundo da música, não deixam, no entanto, de ser, das mais interessantes para os autores do blog.


Bassekou Kouyate & Ngoni Ba – Segu Blue (Out/Here)

Camino de Santiago (EMI/Virgin Classics)

Delphine Aguilera/Marc Bellity - Fin Amor (Buda)

Djelimady Tounkara - Solon Kôno (Marabi)*

Dona Dumitru Siminica - Sounds from a Bygone Age, Vol.3 (Asphalt Tango)*
Taraf de Haïdouks - Maskarada (Crammed Discs)

Duo Trobairitz - The Language of Love (Hyperion)

Eduardo Paniagua - España del Cid (Pneuma)

Ensemble Syntagma – Gautier d’Épinal: Remembrance (Challenge Classics)

Faiz Ali Faiz / Duquende / Miguel Poveda / Chicuelo - Qawwali-Flamenco (Accords Croisés) *

Kiran Ahluwalia – Wanderlust (Four Quarters)

Les Jardins de Courtoisie/Anne Delafosse-Quentin – Adam de la Hale: D’Amoureus cuer voel chanter (Zig Zag Territoires)

Mari Boine – In the hand of the night (Lean)*

Obsidienne - Miracle! Cantigas d'Alfonso el Sabio (Calliope)

Tinariwen – Aman Iman (Ponderosa)

Toumast - Ishumar (Wagram)

Vieux Farka Toure – Vieux Farka Toure (Modiba Productions)*

Viorica & Ionitsa – Clejani Express “A Devla” (Network)

Yerso - Heroes (Vox Terrae)

Yungchen Lhamo – Ama (Real World)*


* Estes discos têm data de edição anterior, mas só em 2007 foram conhecidos pelos autores de “Os Cantos do Mundo”.