27 de Maio / 21h30 / Sala 2 – Casa da Música (Porto)
28 de Maio / 21h30 / Lux Frágil (Lisboa)
Rokia Traoré é uma jovem do Mali que representa uma nova geração de artistas africanos que permanecem fiéis às suas raízes e que, simultaneamente, mantêm um olhar sobre as tendências do mundo moderno. Esta espécie de cantautora africana conhece bem os griots, mas também o jazz, a música clássica, o rock, os blues e a música indiana. Considerada, também, já uma talentosa compositora, Rokia editou, até à data, Mouneïssa (1998), Wanita (2000), Bowmboï (2003) e Tchamanché (2008), quatro registos de eleição, onde desfilam autênticas pérolas de depuração acústica, em que a delicadeza e simplicidade não se confundem com fragilidade.
De forma segura, Rokia Traoré tem seguido as tradicionais características das músicas do oeste africano, mas enveredado também por caminhos inovadores. Por vezes, arrisca combinações instrumentais únicas, quando, por exemplo, utiliza o balafon balaba (característico de Bélédougou, a sua região, no sul do Mali) e o n’goni (espécie de guitarra maliana, o instrumento favorito dos griots Bambara). Por outro lado, Rokia rejeita definitivamente a kora, o instrumento de cordas emblemático do oeste africano, substituindo-a por uma guitarra acústica.
Depois de dois maravilhosos espectáculos no FMM de Sines (2004 e 2008), Rokia Traoré regressa ao nosso país, graças à produção da Mandrake, para voltar a apresentar as elegantes canções, sobretudo de Tchamantché. Ao vivo, poderemos, de novo, apreciar a guitarra eléctrica Gretsch, a harpa, o N’Goni, a voz sussurrante de Rokia, as letras na língua Bambara e os instrumentos clássicos, tudo em perfeita harmonia, criando uma atmosfera envolvente e hipnótica, que não deixa ninguém indiferente.
Mais informações: http://www.mandrake.pt/index.html
No comments:
Post a Comment