A edição de 2008 do Festival Mestiço, a terceira, realiza-se entre os dias 26 e 29 de Junho de 2008, na Casa da Música. Após dois bem sucedidos eventos, com nomes como Tom Zé, Ojos de Brujo, Tinariwen, Shantel, Dj Dolores, Chambao ou Orchestre National du Barbes, entre outros, este ano, o Mestiço trará ao Porto alguns dos mais significativos projectos da world music da actualidade, que se baseiam nos encontros entre a tradição e a modernidade.
26 de Junho, Quinta - 22:00, Sala 2
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Señor Coconut (Alemanha/Chile) | Boban Markovic Orkestar (Sérvia) | Kumpania Algazarra (Portugal) |
O evento apresenta, no primeiro dia, a música de Señor Coconut, um projecto liderado por Uwe Schmidt, produtor e DJ alemão radicado no Chile. Clássicos da pop electrónica alemã e japonesa, adornados com salsa, merengue e outros géneros latino-americanos, pela segunda vez em Portugal, depois do FMM de 2007, de Sines.
Segue-se-lhe o sérvio Boban Markovic com a sua Orkestar, provavelmente a melhor banda de brass cigano dos Balcãs, famosa pela música com que contribuiu para o extraordinário filme "Underground", de Emir Kusturica.
Inspirados nas mais variadas latitudes sonoras, actuam também os Kumpania Algazarra que contagiam tudo e todos com a sua música. Na linhagem das fanfarras europeias, sobrevoa o novo e o velho continente, faz música nómada, multilinguística e universal e alia o furor balcânico com deambulações árabes, calores latinos, requintes de afro-beat e explosões de ska.
27 de Julho, Sexta - 22:00, Sala Suggia
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Marcelo D2 (Brasil) | MC K (Angola) | Manif3stos + Dany Silva (Cabo Verde / Portugal) | Azagaia (Moçambique) |
No segundo dia, há hip hop misturado com samba pelo rapper carioca Marcelo D2; o dreda MC K, um dos maiores rappers angolanos da actualidade, que se tem revelado um dos mais talentosos, inspirados e socialmente activos músicos da lusofonia; Manif3stos, banda de Carcavelos que se faz acompanhar pelo cabo-verdiano Dany Silva, e que procura o equilíbrio entre o hip hop e o reggae com ares de soul, dance hall, drum n’bass e electrónica; e Azagaia ou Edson da Luz, um jovem universitário moçambicano que está a mexer com o mundo do hip-hop, por intermédio da sua incursão pelas dificuldades e problemas do país.
28 Junho, Sábado - 22:00, Praça
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Toots & Maytals (Jamaica) | The Dynamics (França / Camarões / EUA / Inglaterra) | Freddy Locks (Portugal) |
Detentores de uma sonoridade contagiante, que resulta da combinação entre ska, soul, reggae e rock, Toots & The Maytals começaram por ser figuras de topo da cena reggae jamaicana na década de 60. Liderados pelo jamaicano, radicado em Inglaterra, Frederick "Toots" Hibbert, The Maytals influenciaram gerações e nomes como por exemplo os Clash ou os Specials.
The Dynamics, grupo constituído por elementos de nacionalidades diferentes e raízes distintas, formaram-se em França, em 2003, com a intenção de criar um som que misturasse soul americano e música jamaicana. Profundo e dinâmico, é ao vivo que o som dos Dynamics se revela, graças à presença contagiante dos seus elementos. A confirmar na Casa da Música.
Freddy Locks tem surpreendido pela originalidade dos seus projectos e pela naturalidade e simplicidade com que toca e canta a música reggae, com mensagens de positividade, liberdade e amor pela vida. O reggae nacional também presente.
29 Junho 2008 - Domingo - 22:00, Sala Suggia
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Amadou & Mariam (Mali) | Extra Golden (Quénia / EUA ) | Timbila Muzimba (Moçambique) |
A última noite do Mestiço é reservada à música africana. Pela segunda vez em Portugal, Amadou & Mariam conheceram-se num instituto de jovens cegos do Mali e tornaram-se um casal inseparável na vida e na música. Ele, o “irmão funky”, na voz e na guitarra eléctrica, e ela, “a irmã soul”, na voz, formam a dupla mais explosiva da música africana actual, desde o disco “Dimanche a Bamako”, produzido por Manu Chao.
Composto por dois músicos norte-americanos e dois quenianos, os Extra Golden nasceram de uma jam session registada em computador num restaurante de Nairobi. Fazem uma música que cruza afro-pop, worldbeat e rock com Benga (música de dança tradicional do Quénia) e na Casa da Música vão apresentar Hear Ma Nono, álbum de 2007.
Dos arredores de Maputo, surgiu um grupo de jovens que formou uma orquestra de xilofones dos VaChopi, povo que habita o Sudeste de Moçambique. Ao som da orquestra de timbila (xilofone de Moçambique), os bailarinos fazem mover freneticamente o muzimba (corpo). Uma estreita ligação entre kusinha (o dançar) e kuveta (o tocar da música Chopi), contagiará certamente quem se dirigir à Casa da Música
Bilhete 1 dia: 10€
Bilhete 4 dias: 30€
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