Monday, December 22, 2008

Os melhores discos de 2008

De todos os cantos do Mundo” chegam-nos 30 referências discográficas inesquecíveis em 2008. Apesar de serem pouco conhecidas, não deixam, no entanto, de ser, das tendências mais interessantes.

A melhor:
Desert Blues 3/Entre Dunes et Savanes (Network)














As outras:
Al Andaluz Project - Deus et Diabolus (Galileo)*
Aleksandra Alexander - Music for Medieval Faires (Bunny Records)
Arriba La Cumbia! (Crammed Discs)
Aruna Sairam – Divine Inspiration (World Village)
Bako Dagnon – Titati (Syllart) *
Beatus – Trobar: Chansons d’amour, de la Vierge à la Dame (Alpha)*
Choeur de Chambre de Namur/ Psallentes/ Les Pastoureaux/ Millenarium – Llibre Vermell (Outhere/Ricercar)
Eduardo Paniagua/ Jorge Rozemblum – Klezmer Sefardí (Pneuma)*
Ensemble Belladonna – Melodious Melancholye: The Sweet Sounds of Medieval England (Raumklang)*
Esma Redzepova - Gypsy Carpet (Network)*
Gabi Lunca - Sounds from a Bygone Age, Vol. 5 (Asphalt Tango)
Hector Zazou & Swara – In the House of Mirrors (Crammed Discs)
Hespèrion XXI - Estampies & Danses Royales (Alia Vox)
Hespèrion XXI / Al-Darwish / La Capella Reial de Catalunya / Jordi Savall – Jérusalem (Alia Vox)
Ioculatores (Raumklang)*
Istanbul Oriental Ensemble - Grand Bazaar (Network)*
Jalda Rebling – Juden im Mittelalter (Raumklang)*
Justin Adams & Juldeh Camara - Soul Science (Wayward)*
L' Ensemble Aromates – Rayon de Lune: Musique des Ommeyades (Alpha)*
Les Amazones de Guinée – Wamato (Sterns Music)
Mediterraneo (Som Livre)*
Millenarium – Danza: Danses médiévales (Outhere/Ricercar)
Rokia Traoré – Tchamantché (Universal)
The Garifuna Women´s Project - Umalali (Stonetree Records)
The Rough Guide to Turkish Café (World Music Network)
Theodora Baka – Myrtate: Traditional Songs from Greece (Raumklang)*
Toni Iordache - Sounds from a Bygone Age, Vol. 4 (Asphalt Tango)*
Toumani Diabaté - The Mandé Variations (World Circuit)
Victor Démé - Victor Démé (Chapa Blues)


* Estes discos têm data de edição anterior, mas só em 2008 foram colocados à disposição de “Os cantos do Mundo”.

Monday, December 8, 2008

Alpha




“Discos que são tão belos à vista como à audição!”



Eis como as criações da etiqueta Alpha foram saudadas pela imprensa em 1999, quando surgiu. Enquanto a tendência geral da produção discográfica vai no sentido da normalização e da banalização da música gravada, a Alpha empenhou-se, desde logo, no sentido de criar cada registo como um objecto de arte único.

Os discos da Alpha são representativos das diferentes formas de expressão artística dos séculos passados. No entanto, não são apenas música, mas um prazer estético para os sentidos e para a mente. É preocupação dos editores da Alpha entender como a música foi concebida, como se transmitiu e se transformou de um país e de um criador para outro, mas também de aprofundar as suas relações com a literatura, a poesia, o teatro e a pintura, através de textos escritos, eruditos mas acessíveis, por especialistas em história da arte.

A etiqueta Alpha orgulha-se de desempenhar um papel decisivo na liderança da definição de uma nova "geografia" musical e de explorar, em benefício de uma audiência crescente, territórios artísticos até então desconhecidos. O século XVIII, por exemplo, apresentou-se-lhe realmente como um novo mundo a explorar. Graças à sua acção, a partir de agora, Bellerofonte Castaldi, Domenico Belli, Stefano Landi, Pierre Guédron ou Philipp Heinrich Erlebach deixaram de ser meros nomes da enciclopédia da música. Graças às gravações da Alpha, sabemos agora que as obras destes compositores, há muito esquecidas pelas editoras de música antiga, merecem o nosso interesse e contêm um manancial de insuspeitas emoções.

Por outro lado, e talvez o mais importante, a Alpha tem-se esforçado, desde o seu início, em ser um dos principais divulgadores de novos talentos musicais. As suas escolhas, por vezes audaciosas, outras vezes arriscadas, obedecem a uma regra básica: a procura da excelência musical. É, provavelmente, graças a estas severas e permanentes exigências que a Alpha teve o privilégio de ser eleita pela imprensa internacional, com apenas alguns anos de existência, "A Etiqueta Clássica do ano 2005".



Alguns dos discos mais fascinantes da Alpha, na opinião de “Os cantos do mundo”:


Le Poème Harmonique/ Vincent Dumestre – Pergolesi: Stabat Mater (2000)
Le Poème Harmonique/ Vincent Dumestre - Aux Marches du Palais: Romances & complaintes de la France d'autrefois (2001)
L' Arpeggiata/ Christina Pluhar - La Tarantella: Antidotum Tarantulae (2002)
Diabolus in Musica/ Antoine Guerber - Honi Soit Qui Mal Y Pense! Polyphonies des chapelles royales anglaises (2002)
Marco Beasley/ Accordone - La Bella Noeva (2003)
Joël Grare – Follow (2003)
Antequera/ Johannette Zomer - Cantigas de Santa Maria: Eno nome de Maria (2003)
Henri Agnel - Istanpitta: Danses florentines du Trecento (2003)
Meirav Ben David-Harel/ Yaïr Harel/ Nima Ben David/ Michèle Claude - Yedid Nefesh: Amant de mon âme (2004)
L' Ensemble Aromates/ Michèle Claude - Jardin de Myrtes: Mélodies andalouses du Moyen-Orient (2005)
Les Fin' Amoureuses - Marions les Roses: Chansons & psaumes de la France à l'Empire Ottoman (2005)
Diabolus in Musica/Antoine Guerber - La Doce Acordance: Chansons de Trouvères (XIIe & XIIIe siècles) (2005)
Beatus/ Jean-Paul Rigaud – Trobar: Chansons d'amour, de la Vierge à la Dame (2006)
L' Ensemble Aromates/ Michèle Claude - Rayon de Lune, Musique des Ommeyades (2007)

Mais informações em: http://www.fugalibera.com/

Sunday, September 21, 2008

Morreu Hector Zazou

O acontecimento que marcou o o fim do Verão foi, infelizmente, o desaparecimento do extraordinário músico, compositor e produtor francês Hector Zazou. Nascido em Sidi bel Abbès, na Argélia, faleceu a 8 de Setembro em Paris, aos 60 anos, após prolongada doença.

Citado pelo jornal espanhol El País, o director da revista francesa Actuel sentenciou: «Na Inglaterra têm Peter Gabriel, nos Estados Unidos David Byrne e em França temos Hector Zazou.» Com efeito, conhecido pela sua obra multifacetada e inovadora, Zazou esteve ligado à música clássica, electrónica, pop e world music e foi um pioneiro na fusão de músicas de diferentes géneros e origens geográficas, aparentemente inconciliáveis.

Ao longo dos anos, Zazou construiu uma carreira invejável, tendo trabalhado com nomes como Laurie Anderson, Björk, Brian Eno, Peter Gabriel, John Cale, Suzanne Veja, Sussan Deyhim, David Sylvian, Lisa Germano e Ryuchi Sakamoto, entre outros. Por outro lado, soube rodear-se de alguns dos melhores intérpretes das músicas tradicionais e embrenhar-se sabiamente no mundo das polifonias corsas, das vozes búlgaras, das canções dos mares gélidos, da música celta ou das sonoridades africanas...



Na criteriosa série belga Made to Measure, da Crammed Discs, Hector Zazou revelou-se uma figura emblemática, editando autênticos manuais com música para ouvir e ver. Parar em Reivax au Bongo, passar por Géographies ou Géologies, viajar em Sahara Blue, ou mergulhar nas Chansons des Mers Froides constituem experiências musicais fascinantes, sem as quais ficaríamos mais pobres. Gravado no início deste ano, In The House of Mirrors, a editar em 06 de Outubro, será o 11.º registo de Zazou para a Crammed, obra póstuma gravada com músicos indianos, uzbeques e hispânicos.

Como muito bem sintetizou o nosso querido amigo António Silva (fixwhatusee.blogspot.com), com quem partilhámos a mesma paixão pela música de Hector Zazou, nos tempos mais prolíficos da RUC, o músico francês está obrigatoriamente numa bem pensada lista dos melhores discos que nunca ouviu, e figura no palco das memórias dos melhores concertos de sempre, que provavelmente não terá visto.

Monday, July 28, 2008

Sines? São Martinho do Porto!

Não será caso para dizer que a montanha pariu um rato, mas é legítimo afirmar que a décima edição do Festival Músicas do Mundo de Sines, que decorreu de 17 a 26 de Julho, terminou sem que tivessem abundado momentos verdadeiramente inesquecíveis. Apesar de apresentar o programa mais extenso e ambicioso da sua história, com quarenta espectáculos distribuídos por dez dias, o FMM de 2008 teve apenas cerca de meia dúzia de concertos extraordinários: Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba, a Orchestra Baobab e Faiz Ali Faiz foram sublimes; Asha Bhosle, Justin Adams & Juldeh Camara e Anthony Joseph/The Spasm Band/Joe Bowie estiveram à altura dos pergaminhos do Festival; eventualmente, também Rokia Traoré terá estado (a julgar pela sua valia e pelo que fizera no FMM de 2004), mas não pudemos assistir ao seu concerto; de resto, pouco mais!

A esmagadora maioria dos projectos presentes no FMM 2008 resvalaram perigosamente para propostas menos interessantes, próximas da pop e do rock e talvez não destoassem, por exemplo, na Zambujeira do Mar ou em Paredes de Coura. Cui Jian e os repetentes KTU, para citar apenas dois casos, foram autênticos desastres, dignos de figurarem em cartazes de festivais de rock de segunda categoria.

Saliente-se, por outro lado, os discutíveis critérios de atribuição de acreditações que privilegiaram, por exemplo, rádios locais (sem programas dedicados à World Music ou com “ilhas” de qualidade duvidosa), em detrimento de blogs especializados (com indiscutível visibilidade superior e, actualmente, com maior eficácia), a manchar uma organização que se tem revelado, ao longo dos anos, quase perfeita...

Domingos Costa com Justin Adams e Juldeh Camara, no exterior do Castelo

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Sines já lá vai. Viva São Martinho do Porto! Na sua primeira edição, o Baía Azul Summer Fest afirma-se como o próximo grande evento de Verão. No primeiro e no segundo fins-de-semana de Agosto (dias 2, 3, 9 e 10), a zona litoral de São Martinho do Porto assistirá às actuações de Sérgio Godinho, Toumani Diabaté’s Symmetric Orchestra, Deolinda, Rabih Abou-Khalil/Ricardo Ribeiro e Summer Jazz Orchestra/Rão Kyao.

Seguindo o excelente exemplo protagonizado por Sines desde há dez anos, São Martinho do Porto, com este Festival, começa por dar um passo decisivo no sentido de se afirmar como um dos pólos turísticos fundamentais do litoral português, de visita obrigatória na época de Verão.

Programa


2 de Agosto, Sábado

22h00 - Rabih Abou-Khalil feat. Ricardo Ribeiro (Líbano/ Portugal)

Rabih Abou-Khalil, famoso mestre do alaúde libanês, estudou música árabe no Conservatório de Beirute, Alep e Damasco. Em 1978, a guerra civil fê-lo trocar o Líbano pela Alemanha, onde vive actualmente. Considerado um compositor e instrumentista vanguardista e uma das maiores figuras europeias do jazz de fusão, Rabih Abou-Khalil possui uma discografia invejável e mais de meio milhão de discos vendidos em todo o mundo. Só em 1999, Abou-Khalil recebeu cinco prémios da German Phono Academy.

Compositor e mestre do oud, instrumento que desde sempre procurou explorar de maneira inovadora, Rabih Abou–Khalil criou uma linguagem musical universal que é apreciada e elogiada por amantes e críticos que vão desde a Música Clássica ao Jazz e desde a Música Contemporânea à World Music.

Depois de ter brilhado no Castelo de Sines, em Julho de 2006, e em Guimarães e Lisboa, em Janeiro de 2008, Rabih Abou-Khalil, regressa a Portugal para actuar em São Martinho do Porto, fazendo-se acompanhar por Ricardo Ribeiro, uma das mais surpreendentes revelações do novo fado.

23h30 - Deolinda (Portugal)

Deolinda é um projecto original de música popular portuguesa, que se inspira no fado e nas suas origens tradicionais. Formado em 2006 por quatro jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), o grupo Deolinda cruza diferentes linguagens musicais e recria uma sonoridade de cariz popular.


3 de Agosto, Domingo

22h00 - Toumani Diabaté & The Symmetric Orchestra

The Symmetric Orchestra, banda constituída por 52 músicos e cantores (incluindo convidados), é uma verdadeira instituição do Mali, idealizada por Toumani Diabaté, o maior tocador de kora do planeta.

Criada para misturar o lado autêntico e positivo da música tradicional do Mali com as novas sonoridades, The Symmetric Orchestra utiliza, sem qualquer pudor, a kora, o ngoni, o balafon, o sabar, o djembé ou o dundun ao lado de guitarras eléctricas, baixos, trompetes, trombones ou percussões ocidentais. Interpreta a música griot (o legado do império mandinga) e composições modernas.

Desde sempre sediada em Bamako, The Symmetric Orchestra actuou apenas no continente africano, até à realização do álbum “Boulevard de l’Independance” (World Circuit/Megamúsica). Depois disso, passou por Aveiro, realizando um concerto memorável, mesmo sem contar com Toumani Diabaté, impossibilitado por doença, e, já com o líder, por Sines.


9 de Agosto, Sábado

22h00 - Summer Jazz Orchestra feat. Rão Kyao

A Summer Jazz Orchestra interpretará alguns clássicos de jazz célebres e temas inesperados, que contarão com a interpretação de um dos maiores embaixadores da música portuguesa - Rão Kyao.

10 de Agosto, Domingo

22h00 - Sérgio Godinho

Sobejamente conhecido como autor, compositor e cantor, Sérgio Godinho é artisticamente multifacetado, sendo actor com participações em filmes, séries televisivas e peças teatrais, dramaturgo, com assinatura de algumas peças de teatro e ainda realizador, entre outras actividades.

Depois do êxito do último álbum de originais “Ligação Directa”, considerado um dos melhores discos do ano e da realização de uma série de concertos, surge o lançamento do disco ao vivo “Nove e Meia no Maria Matos”. Sérgio Godinho apresenta ao vivo, desta vez em S. Martinho do Porto, o espectáculo baseado no disco gravado por ocasião dos concertos ocorridos em Maio de 2007, no Maria Matos, em cinco datas completamente esgotadas.

Entrada Livre

Wednesday, July 2, 2008

FMM 2008 - Festival Músicas do Mundo de SINES [17-26 Julho]


A edição de 2008 do Festival Músicas do Mundo de Sines, uma organização da Câmara Municipal, assinala dez anos, com o programa mais extenso e ambicioso da sua história. De 17 a 26 de Julho, o FMM traz ao Litoral Alentejano 40 espectáculos com músicos de quatro “cantos do mundo” e iniciativas paralelas, repartidos por quatro palcos montados em Porto Covo e em Sines (Centro de Artes, Avenida da Praia e Castelo). Afirma-se, assim, definitivamente, como um dos mais importantes eventos musicais do género do planeta.


Quinta-feira, 17 de Julho

Sines

19h00

Ruas do Centro de Artes

Siba e a Fuloresta (Brasil)

Livre

22h00

Auditório do Centro de Artes

Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali)

10 €

00h00

Exterior do Centro de Artes

Serra-lhe Aí!!! & Os RosaLES (Galiza)

Livre


Siba e a Fuloresta [Brasil]

Natural do Recife, capital de Pernambuco, Siba Veloso, depois da experiência como líder da banda Mestre Ambrósio, mergulhou nas origens, com a Fuloresta, um conjunto de percussionistas/cantores da pequena cidade de Nazaré da Mata. O samba rural nordestino de Siba e a Fuloresta manifesta-se num curioso encontro das novas sonoridades com estilos tradicionais como o maracatu e a ciranda.



Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba [Mali]

A BBC Radio 3 considerou o maliano Bassekou Kouyaté como o melhor artista africano de 2008 e autor do melhor disco de “World” (“Segu Blue”). Natural de uma aldeia perto da cidade de Segu, nas margens do Níger, Bassekou forma com Ngoni Ba um quarteto de “ngoni” (espécie de alaúde africano), que produz um som acústico, considerado ancestral dos “blues”.



Serra-lhe Aí!!! & Os Rosales [Galiza]

O quinteto Serra-lhe Aí!!! foi formado há mais de 10 anos, entre Lugo e Ferrol, para recuperar o repertório da música das tabernas, utilizando dois acordeões compassados, gaita, metais, bombo, vozes e outros instrumentos de sopro. Em Sines, faz-se acompanhar por Maruxa Miguéns (voz e pandeireta) e Xosé Romero (gaita-de-foles), um casal conhecido por Rosales, famoso por tocar nas romarias e festas populares da Galiza.

Sexta-feira, 18 de Julho

Porto Covo

21h30

Porto Covo - Junto ao Porto de Pesca

A Naifa (Portugal)

5 €

23h00

Herminia (Cabo Verde)

00h30

Hazmat Modine (EUA)

A Naifa [Portugal]

Fundado em 2004, A Naifa, uma das mais originais novas bandas portuguesas, representa um encontro bem sucedido entre a pop, a electrónica e o fado. Os artífices são dois músicos com provas dadas, Luís Varatojo (ex-Despe & Siga), na guitarra portuguesa e João Aguardela (ex-Sitiados), no baixo e programações, que se fazem acompanhar pela cantora Maria Antónia Mendes e pelo baterista Paulo Martins.


Hermínia [Cabo Verde]

Nascida em 1942 em São Vicente, Herminia, a “Edith Piaf de Cabo Verde”, interessa-se cedo pela música, mas é só depois da morte do pai, quando vai viver para a ilha do Sal, que começa a cantar. Fá-lo na rua, com músicos ambulantes e em cafés. Prima de Cesária Évora, Herminia tem uma voz mais aguda, próxima do pregão e do pranto.


Hazmat Modine [EUA]

O melhor grupo das Américas nos prémios da BBC Radio 3, Hazmat Modine, liderado por Wade Schuman, é um verdadeiro caldeirão de influências. Abarca os harmonica blues da primeira metade do século XX, os ritmos klezmer, as sonoridades havaianas, o calypso, o reggae, o ska, o funk...

Sábado, 19 de Julho

Porto Covo

21h30

Porto Covo - Junto ao Porto de Pesca

Flat Earth Society MEETS Jimi Tenor (Bélgica / Finlândia)

5 €

23h00

The Last Poets (EUA)

00h30

Enzo Avitabile & Bottari (Itália)

Flat Earth Society and Jimi Tenor [Bélgica/Finlândia]

Flat Earth Society, criada no final dos anos 90 pelo compositor e clarinetista Peter Vermeersch, é uma das mais excitantes orquestras de jazz europeias. Usando a força dos metais, do vibrafone, do acordeão ou do sintetizador, produz uma música que viaja pelo rock, pelo funk ou pelo jazz. Acompanha-a Jimi Tenor, multi-instrumentista finlandês que começou a carreira na electrónica, mas que se tem vindo a movimentar noutras áreas (soul, afrobeat...).


The Last Poets [EUA]

Formados nas lutas pelos direitos civis dos anos 60, The Last Poets estão na raiz mais profunda da música rap. Um dos mais conceituados produtores da música negra, Quincy Jones, não teve pejo em reconhecer: “Foi através dos Last Poets que fui pela primeira vez atraído para a noção de hip hop”.


Enzo Avitabile & Bottari [Itália]

Nomeado para o prémio do público nos BBC Radio 3 World Music Awards 2006, o saxofonista e cantor Enzo Avitabile, natural de Nápoles, mistura os ritmos pulsantes e primitivos dos “bottari” (tocadores de barris) com jazz, blues e música africana.

Domingo, 20 de Julho

Porto Covo

21h30

Porto Covo - Junto ao Porto de Pesca

Danças Ocultas (Portugal)

5 €

23h00

Asha Bhosle (Índia)

00h30

A Tribute to Andy Palacio feat. Special Guests (Belize / Honduras)


Danças Ocultas [Portugal]

Músicos de formação erudita, os Danças Ocultas operam uma completa reinvenção da concertina (ou acordeão diatónico), criando até uma nova, a concertina-baixo, para reforçar a paleta de graves. Nos três álbuns gravados e ao vivo, ouve-se a tradição transformada, variando entre a melancolia e desgarradas de grande fulgor rítmico.


Asha Bhosle [Índia]

Asha Bhosle é uma das mais extraordinárias figuras da cultura indiana do séc. XX e uma das mais importantes cantoras de todo o mundo. Hoje com 74 anos, Asha é ainda uma das figuras de referência do repertório musical de Bollywood (indústria cinematográfica indiana). Desde 1943, quando se iniciou, deu a voz a mais de 950 filmes e gravou um total estimado de mais de 12 mil canções.



A Tribute to Andy Palacio / Guests [Belize/Honduras]

Andy Palacio, natural do Belize, foi um dos grandes responsáveis pelo renascimento da cultura garifuna (mistura do legado dos escravos africanos com a dos índios). Palacio faleceu no início de 2008, pelo que uma reunião dos melhores músicos que acompanhavam Palacio na banda Garifuna Collective, três cantoras de outro grupo garifuna marcante, Umalali, e o vocalista hondurenho Aurelio Martinez darão um espectáculo comandado pela guitarra eléctrica, que mistura a tradição regional, rock e reggae.

Segunda-feira, 21 de Julho

Sines

22h00

Auditório do Centro de Artes

Moskow Art Trio (Rússia / Noruega)

10 €

23h30

Lo Còr de la Plana (Occitânia)

01h00

Exterior do Centro de Artes

Danae (Portugal)

Livre

Moskow Art Trio [Rússia/Noruega]

O ucraniano-moldavo (radicado na Noruega), Misha Alperin, no piano, Arkady Shilkloper, nos metais, e Sergey Starostin, no clarinete e vozes, estreiam-se como trio em 1990 no 1.º Festival Internacional de Jazz de Moscovo, tornando-se um verdadeiro laboratório de composição erudita, folclore e jazz.


Lo Còr de la Plana [Occitânia]

Na música do sexteto vocal masculino Lo Còr de la Plana, de Marselha, respira-se a cultura da Occitânia (região do sul de França). Ainda que, aberta a outras paragens, sobretudo do Magrebe, a sonoridade dos Lo Còr de la Plana é uma surpreendente paleta vocal, em que as polifonias tecem um espectáculo inolvidável de permanente apelo à dança.


Danae [Portugal]

Danae Estrela, filha de mãe cubana e pai cabo-verdiano, nasceu em Havana, viveu a maior parte da sua vida em Cabo Verde e reside hoje no nosso País. Aposta numa música com raízes nas tradições africana, latina e europeia. É acompanhada pelos alemães Raimund Engelhardt (tablas, cimbal e outras percussões) e Johannes Krieger (trompete) e pelo cabo-verdiano Danilo Lopes (guitarra e coros).

Terça-feira, 22 de Julho

Sines

22h00

Auditório do Centro de Artes

Iva Bittová (Rep. Checa)

10 €

23h30

Moriarty (EUA / França)

01h00

Exterior do Centro de Artes

Dead Combo (Portugal)

Livre


Iva Bittová [República Checa]

Na linha de grandes intérpretes femininas da vanguarda musical, como Meredith Monk ou Laurie Anderson, a checa Iva Bittová é uma artista consistente e multifacetada como poucas: ora é actriz de cinema ou toca com DJ's, ora canta ópera ou integra um quarteto de cordas clássico ou um grupo de jazz. O violino e a voz, que usa de forma desconcertante, são os instrumentos que mais marcam o seu trabalho, uma espécie “muito pessoal de música folk”.


Moriarty [EUA/França]

Formada em Paris, a banda Moriarty move-se entre o folk, country, blues e cabaret, produzindo baladas interessantíssimas. Liderada pela vocalista Rosemary Moriarty, é constituída por mais quatro músicos com raízes nos EUA (que assumem todos o apelido artístico Moriarty), na harmónica, baixo, guitarras, contrabaixo e outros instrumentos.


Dead Combo [Portugal]

Com um contrabaixo, uma guitarra eléctrica e pouco mais, os Dead Combo levam-nos a um mundo inteiro: dos EUA a Cuba, dos blues à música latina, do fado a Ennio Morricone. Não é fusão; servem-se apenas do material tímbrico dos seus instrumentos e da sua criatividade e transformam o som em imaginário.

Quarta-feira, 23 de Julho

Sines

21h30

Castelo

Waldemar Bastos (Angola)

10 €

23h00

VINICIO CAPOSSELA (ITÁLIA)

00h30

Justin Adams & Juldeh Camara
(R. Unido / Gâmbia)

02h30

Av. Vasco Gama

Anthony Joseph & The Spasm Band feat. Joe Bowie (Trinidad / Reino Unido / EUA)

Livre

Waldemar Bastos [Angola]

Nascido em 1954 em Angola, um dos mais universalistas músicos mundiais, ponte privilegiada entre as tradições africana, europeia e brasileira, Waldemar Bastos é, há mais de uma década, um dos nomes mais importantes do circuito da “World Music”. Em 1996, conhece David Byrne, que lhe proporciona a ansiada projecção internacional com a gravação de “Pretaluz” na editora Luaka Bop, considerado um dos melhores da década pelo The New York Times.


Vinicio Capossela [Itália]

Nascido na Alemanha mas residente em Milão desde muito cedo, Vinicio Capossela é uma das maiores figuras da música italiana contemporânea. Cantautor de referência, comparado a Paolo Conte e a Tom Waits pela voz rouca e pela capacidade comovente, Capossela incorpora na sua música influências de géneros como o tango, os blues, o rembetiko, a morna ou o cabaret.


Justin Adams & Juldeh Camara [R. Unido/Gâmbia]

"Soul Science", um dos mais sensacionais discos de fusão do novo século, vencedor dos prémios de “World Music” da BBC Radio 3 na categoria "Cruzamento de culturas", foi realizado pelo inglês Justin Adams, guitarrista de Robert Plant e produtor dos Tinariwen, e pelo gambiano Juldeh Camara, cantor e especialista do "riti", antepassado africano do violino. A total afinidade entre os dois músicos e o resultado da colaboração prometem em Sines um concerto imperdível.


Anthony Joseph/The Spasm Band/Joe Bowie [Trinidad/R. Unido/EUA]

Anthony Joseph, nascido na ilha de Trinidad, mas a viver no Reino Unido desde 1989, é um extraordinário poeta e romancista, mas também um grande músico. Em Sines ouviremos um espectáculo de “spoken word”, com Joseph a recitar os seus poemas, com o suporte instrumental da banda The Spasm, num encontro da mais vibrante poesia com free jazz, calypso e os ritmos dos espirituais negros.

Quinta-feira, 24 de Julho

Sines

19h30

Av. Vasco Gama

Mandrágora & Special Guests (Portugal / Bretanha)

Livre

21h30

Castelo

Marful “Salón de Baile” (Galiza)

10 €

23h00

Toto Bona Lokua (Antilhas Francesas / Camarões / RD Congo)

00h30

Orchestra Baobab (Senegal)

02h15

Av. Vasco Gama

Silvério Pessoa (Brasil)

Livre

03h45

Toubab Krewe (EUA)

Mandrágora & Special Guests [Portugal/Bretanha]

Prémio José Afonso 2006, o quinteto portuense Mandrágora formado por Filipa Santos, Ricardo Lopes, Pedro Viana, Sérgio Calisto e João Serrador reinventam a folk portuguesa. Em Sines fazem-se acompanhar pelo exímio violinista bretão Jacky Molard, pelo clarinetista Guillaume Guern e pela cantora luso-francesa Simone Alves.


Marful "Salón de Baile" [Galiza]

Os Marful recuperam a miscigenação da música tradicional galega com ritmos vindos da América Latina, da América do Norte e do resto da Europa, que dominava os salões de baile galegos dos anos 30, 40 e 50 do século XX. À frente deste projecto está Ugia Pedreira (uma das vozes mais transgressoras da música galega, directora do Conservatorio de Musica Tradicional e Folque de Lalín), que se faz acompanhar por acordeão diatónico, clarinete baixo e guitarra.


Toto Bona Lokua [Antilhas/Camarões/RD Congo]

Gerald Toto é um cantautor com origem na ilha de Martinica, nas Antilhas Francesas; Richard Bona é um vocalista e baixista nascido nos Camarões e radicado nos EUA, com uma carreira sustentada, quer no seu projecto a solo, quer como músico de jazz e produtor; Lokua Kanza vem do Congo e é vocalista, guitarrista, teclista e compositor. Do seu encontro resultou uma música onde a tradição da África Ocidental se mistura sabiamente com o jazz, pop, soul e R&B.


Orchestra Baobab [Senegal]

Banda pioneira da pop africana, a Orchestra Baobab assenta a sua música nos ritmos afro-cubanos, nomeadamente nos ritmos das Antilhas fundidos com a rumba congolesa, o “high life” ganês e outros ritmos de África. Em 2003, venceu dois prémios da BBC Radio 3 (melhor grupo africano e melhor álbum do ano) e foi nomeada para um Grammy.



Silvério Pessoa [Brasil]

Natural da Mata de Pernambuco, Silvério Pessoa é um revolucionário da música nordestina. Um concerto de Silvério é um autêntico forró eléctrico, uma desordem dançante onde a tradição acústica rural e a matriz rock urbana se cruzam com mestria.


Toubab Crewe [EUA]

Quinteto instrumental dos EUA, Toubab Crewe, desde 2005, tem criado novas ligações entre as músicas da América e da África Ocidental. No Mali, na Guiné Conákri e na Costa do Marfim, os “toubab” (estrangeiros) inseriram-se na cultura local, estudaram com os maiores mestres, aprenderam a tocar com rigor instrumentos africanos (kora, ngoni, kamelengoni...) e criaram uma entusiasmante música de fusão.

Sexta-feira, 25 de Julho

Sines

19h30

Av. Vasco Gama

Rachel Unthank & The Winterset (Reino Unido)

Livre

21h30

Castelo

Asif Ali Khan & Party (Paquistão)

10 €

23h00

KTU (Finlândia/EUA)

00h30

Cui Jian (China)

02h15

Av. Vasco Gama

Firewater (EUA)

Livre

03h45

Nortec Collective presents Bostich and Fussible (México)

Rachel Unthank & The Winterset [Reino Unido]

Originário da Nortúmbria, um velho reino medieval que hoje compreende parte do norte da Inglaterra e do sul da Escócia, o quarteto feminino Rachel Unthank & The Winterset conquistou já um lugar de destaque na folk britânica. A música de Rachel (voz e violoncelo), Bethy Unthank (voz), Belinda O'Hooley (piano e voz) e Niopha Keegan (fiddle e voz) alimenta-se do repertório tradicional, mas também de canções de autores como Antony & The Johnsons, Robert Wyatt e Bonnie Prince Billy.


Asif Ali Khan & Party [Paquistão]

Os qawwals, membros ordenados de uma ordem monástica criada na Índia do séc. XIII, são cantores e músicos muçulmanos, geralmente nómadas, que celebram o amor místico. Nascido em 1973, Asif Ali Khan é um qawwal extraordinário, discípulo directo do maior representante do género no século XX, Nusrat Fateh Ali Khan. Apresenta-se em Sines com a sua Party, uma secção vocal e rítmica de nove elementos.

KTU [Finlândia/EUA]

Como já ouvimos na edição de 2005 do festival, com Kimmo Pohjonen o acordeão deixa de ser um instrumento conservador e pouco aventureiro, e torna-se escuro, urbano, industrial. O duo norte-americano TU, composto por Trey Gunn (guitarra Warr, uma guitarra de 10 cordas, com o alcance de um piano) e Pat Mastelotto (nas percussões e outros artefactos rítmicos), membros dos lendários King Crimson, juntam-se a Pohjonen e elaboram uma música de dança abrasiva, escura e absolutamente original.


Cui Jian [China]

Formado como trompetista clássico, Cui Jian começa a interessar-se pelo rock através de cassetes introduzidas por estrangeiros no país. Em 1984, já com a guitarra eléctrica a tiracolo, forma uma das primeiras bandas pop da China, começando a criar uma fusão de rock, rap e música tradicional completamente nova no universo musical chinês. Canções com temas como a sexualidade e o individualismo são também novidade na criação musical do país.


Firewater [EUA]

Formada em 1997 pelo baixista, vocalista e compositor norte-americano Tod Ashley, a banda Firewater mistura o rock e o punk com a música cigana e outras músicas tradicionais do sub-continente indiano e do Sudoeste Asiático.


Nortec Collective/Bostich and Fussible [México]

O “nortec”, produto sonoro da fusão entre a música “norteña” (marcada pelo som dos metais), com a música techno, nasceu em Tijuana, cidade do México próxima da fronteira com os EUA. O Nortec Collective é um projecto com várias formações, que toca “nortec”, de forma absolutamente original e entusiasmante, a convidar à dança.

Sábado, 26 de Julho

Sines

19h30

Av. Vasco Gama

The Dizu Plaatjies’ Ibuyambo Ensemble (África Sul)

Livre

21h30

Castelo

Koby Israelite (Israel / Reino Unido)

10 €

23h00

Rokia Traoré (Mali / França)

00h30

Doran - Stucky - Studer - Tacuma (Irlanda / Suíça / EUA)

02h30

Av. Vasco Gama

JEAN-PAUL BOURELLY MEETS MELVIN GIBBS & WILL CALHOUN (EUA)

Livre

04h00

Boom Pam (Israel)

Dizu Plaatjies' Ibuyambo Ensemble [África do Sul]

Com o Ibuyambo Ensemble, Dizu Plaatjies, sul-africano de 48 anos, faz uma música que designa de “neo-tradicional” e que cobre uma área muito alargada. Melodias do Zimbabué, percussões moçambicanas, um coro congolês, cliques feitos com a língua pelo povo San, histórias do Uganda, cantos infantis, hip hop, tudo isto se mistura numa viagem que sabemos ser pelo sul do continente mas onde nunca estamos num único lugar ao mesmo tempo.


Koby Israelite [Israel/Reino Unido]

Nascido em Tel-Aviv, em 1966, e actualmente a viver no Reino Unido, Koby Israelite estudou piano clássico, especializou-se na bateria e apaixonou-se pelo acordeão. Dos mais talentosos representantes da estética jazzística “Tzadik”, Koby envereda por um jazz com evidentes reminiscências de “klezmer” e de música cigana do leste europeu, mas onde também cabem surpreendentes acentos de “heavy metal”.


Rokia Traoré [Mali]

Rokia Traoré é uma espécie de cantautora africana que conhece os "griots", mas também o jazz, a música clássica, o rock, os blues e a música indiana. Tudo isso está nas suas canções, autênticas pérolas de depuração acústica, em que a delicadeza e simplicidade não se confundem com fragilidade. A completar 10 anos de carreira, tal como o FMM, Rokia, desde o seu primeiro disco, “Mouneïssa” (1998), até ao novíssimo “Tchamanché” (2008) tem construído uma carreira brilhante.



Doran-Stucky-Studer-Tacuma [Irlanda/Suíça/EUA]

O guitarrista irlandês Christy Doran, o baterista suíço Fredy Studer, a cantora suíça Erika Stucky e o baixista norte-americano Jamaladeen Tacuma constituem um quarteto dinâmico, que traz o espírito de Jimi Hendrix ao FMM, encerrando, em grande estilo, as noites no castelo.


Jean-Paul Bourelly, Melvin Gibbs & Will Calhoun [EUA]

Um trio de luxo da música norte-americana abre com uma explosão de blues e funk a última noite na praia. Jean-Paul Bourelly, um dos melhores guitarristas de blues contemporâneos, com um som eléctrico e fortes aproximações ao funk e ao rock; Will Calhoun, eleito por várias revistas da especialidade o melhor baterista do mundo; e Melvin Gibbs, eleito o melhor baixista do planeta.


Boom Pam [Israel]

Formada em 2003, Boom Pam, a mais demolidora banda israelita, funde o som das guitarras eléctricas do “surf rock” com músicas tradicionais do Médio Oriente, dos Balcãs, da Grécia e do resto do Mediterrâneo. O efeito sonoro é, nas palavras de um crítico alemão, a banda sonora perfeita para um filme realizado ao mesmo tempo por Quentin Tarantino e Emir Kusturica.

INICIATIVAS PARALELAS


16 de Julho

Sines

12h00

15h30

21h30

Auditório do Centro de Artes

A BARREIRA DO SOM: SEMINÁRIO "MÚSICA, CULTURA E NAÇÃO"

Livre


19 de Julho - 20 Setembro

Sines

14h00 - 20h00

Centro de Exposições do Centro de Artes

EXPOSIÇÃO "TRANSURBANA",
DE LUÍS CAMPOS

Livre

23 a 26 de Julho

Sines

16h00

Auditório do Centro de Artes

CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL "MIGRAÇÕES"

Livre

24 a 26 de Julho

Sines

11h30

Auditório do Centro de Artes

ATELIÊRS PARA CRIANÇAS

Livre sob marc.


24 a 26 de Julho

Sines

18h00

Auditório do Centro de Artes

CONVERSAS COM ARTISTAS

Livre

23 a 26 de Julho

Sines


Escola das Artes de Sines

MASTERCLASSES

25 €


26 de Julho

Sines

05h30

Av. Vasco da Gama

SET DJ: BAILARICO SOFISTICADO + ANTÓNIO PIRES

Livre


Mais informações em: http://www.fmm.com.pt/