Sunday, April 8, 2007

Festival Músicas do Mundo 2006


O Festival Músicas do Mundo de Sines assumiu-se, desde há uns anos, como o maior dos eventos do nosso país, dedicados à World Music. Em 2004, na discutível opinião dos autores deste Blog, terá acontecido a melhor das edições do FMM. Nomes como, por exemplo, os polacos Warsaw Village Band, a grega Savina Yannatou ou a maliana Rokia Traoré são mais do que suficientes para o atestar.

Temas divulgados insistentemente na Rádio:








Warsaw Village Band - Lament “Uprooting”






Savina Yannatou
& Primavera
en Salonico
- Porondos viz
partjan
“Sumiglia”





Rokia Traoré -Bowmboi

“Bowmboi”


A edição de 2005 contou com nomes sonantes como por exemplo da mexicana Astrid Hadad, dos marroquinos The Master Musicians of Jajouka ou dos Bósnios Ljiljiana Butter & Mostar Sevdah Reunion.

Temas divulgados insistentemente na Rádio:








Astrid Hadad y los Tarzanes -Gritenme piedras del campo

“Ay!”


The Master Musicians of Jajouka - Talaha l’badro alaina “Apocalypse across the sky”


Mostar Sevdah Reunion -Pitao sam Malog puza “Saban Bajramoric: a gypsy legend”


A oitava edição do Festival Músicas do Mundo realizou-se entre os dias 21 e 29 de Julho de 2006. Os eventos tiveram lugar em três locais da cidade de Sines (Castelo, Avenida da Praia e Centro de Artes de Sines) e na aldeia de Porto Covo.


Em 22 de Julho, sábado, actuaram em Porto Covo, Boris Kovac & La Campanella, da Sérvia. Saxofonista e compositor de renome, Boris Kovac é um dos mais produtivos e respeitados músicos europeus da actualidade. Depois dos Ritual Nova e da Ladaaba Orchest, Boris Kovac faz-se agora acompanhar pela banda La Campanella, com a qual editou “World After History”, um registo onde se cruzam os ritmos da multi-étnica Vojvodina, de onde é originário, e várias músicas do Mediterrâneo.

Tema obrigatório: Boris Kovac & La Campanella (2) Latina 4,08 “World After History” (2005 Piranha)


Em 27 de Julho, quinta, no Castelo de Sines, actuou o trio constituído por Rabih Abou-Khalil (compositor libanês e mestre do oud, uma das maiores figuras da fusão do jazz europeu), pelo pianista alemão Joachim Kühn, (nome cimeiro do jazz europeu) e pelo percussionista americano Jarrod Cagwin. A base do concerto assentou sobre “Journey to the centre of na egg”, um registo onde oud, piano e percussões se casam sabiamente entre o humor e a meditação.

Tema obrigatório: Rabih Abou Khalil (1) Sahara (8,18) “Blue Camel” (1992 Enja)


Ainda a 27 de Julho, o maliano Toumani Diabaté, o maior tocador de kora (espécie de harpa de 21 cordas) da actualidade, fez-se acompanhar pela Symmetric Orchestra, banda constituída por dezenas de músicos e verdadeira instituição do Mali. No castelo de Sines pudemos ouvir composições tradicionais e temas originais, onde pitadas de jazz, de funk, de pop e de rock se fizeram sentir num trabalho orquestral dominado pela kora.

Tema obrigatório: Toumani Diabaté’s Symmetric Orchestra (7) Mamadou Diaby (6,43) “Boulevard de l’Independance” (2006 World Circuit)



Para o último dia, 29 (sábado) alguns dos pratos mais apetecíveis: às 19h na Av. Da Praia a voz comovente de Mariem Hassan cantou a alma da nação Saharaíu, o amor, Deus e sobretudo a esperança de um dia voltar ao Sahara Ocidental como país independente.

Tema obrigatório: Mariem Hassan (8) Id Chab (3,34) “The Sahara” (2005 World Music Network)


Às 21,30h, no Castelo, as melhores vozes femininas da folk escandinava, as finlandesas Värttina deram a conhecer a visão contemporânea da tradição vocal e poesia popular da Carélia, uma região isolada na fronteira entre a Finlândia e a Rússia. Tensas, por vezes ferozes, mas sempre harmónica e timbricamente muito belas, as vozes das Vârtina constituem um bálsamo para os ouvidos.

Tema obrigatório: Värttina (11) Emoni Ennen (2,58) “Kokko” (1996 Nonesuch)


Às 3,00h na Av. Da Praia, encerrou-se o Festival Músicas do Mundo, com a mais festiva música cigana, pelo clarinetista búlgaro Ivo Papasov e a sua Wedding Orchestra. Líder da frenética e festiva Stambolovo (música de casamento), Ivo Papasov é também considerado um enorme criador de jazz, pela forma como interage com a sua orquestra e improvisa sobre os vários ritmos da sua Trácia natal.

Tema obrigatório: Ivo Papasov and His Bulgarian Wedding Band (2) Mano Marie Mamo (4,23) “Orpheus Ascending” (1889 Hannibal)


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